Resenha: Auggie & Eu ♥ R. J. Palácio

Foto: Divulgação/Auggie e Eu

Título: Auggie e Eu

Autor: R. J. Palácio

Editora: Intrínseca

Páginas: 320

   Lembro-me de que quando li Extraordinário não conseguia parar de pensar em como tratamos as pessoas que são diferentes de nós de maneira errada. Infelizmente vivemos em uma sociedade que julga pelas aparências e perceber como isso afeta as pessoas, na visão de uma criança apaixonante como Auggie, te faz querer no mínimo ser uma pessoa melhor.

   Esse livro reúne três contos, cada um narrado por uma criança que teve contato com Auggie e que de uma maneira ou outra tiveram suas vidas mudadas pela presença dele.

"O mundo é enorme e nem todos são legais sempre. É assim que as coisas são."

   O Capítulo do Julian dá voz ao garoto considerado "vilão" de Extraordinário, que liderava o bullying contra Auggie. Apesar de ter ficado muito incomodada com as atitudes dos pais do garoto, que justificam cada ato cruel dele, foi o conto de que mais gostei, principalmente devido ao desfecho da história.

"Às vezes, as amizades são difíceis."

   Em Plutão, conhecemos o ponto de vista de Christopher, primeiro amigo de Auggie e que o conhece desde poucos dias de vida. Vemos como os dois amigos cresceram juntos, como é a amizade que tem com Auggie e como se sente incomodado com o fato das pessoas tratarem Auggie de maneira diferente.

"Minha esperança é de que, quando começarmos o sexto ano, mais velhos e sábios, todos nós aprendamos a confiar uns nos outros o bastante para podermos ser nós mesmos e aceitar os demais pelo que eles realmente são."

   No último conto, Shingaling, temos a perspectiva de Charlotte, garota que fez parte da comissão de boas-vindas de Auggie. Ela é uma garota gentil, que procura sempre se manter neutra. O Capítulo é focado em amizade e em como a chegada de Auggie afetou a relação entre as garotas na escola.

   Eu gostei muito de conhecer a perspectiva de outros personagens da história. É claro que o foco do livro não é o Auggie, ele não é uma continuação de Extraordinário, entretanto vale a pena conhecer essas histórias e a visão dessas crianças.

Andy Vieira