Foto: Divulgação/ Lua de Larvas |
Título: Lua de Larvas
Autor: Sally Gardner
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 298
Avaliação:★★★★
"Um menino com olhos de cores diferentes, um azul e um castanho, e a reputação duvidosa de ser o único, na turma inteira, entre os alunos de 15 anos, que não sabia soletrar, não sabia escrever."
Standish Treadwell é um garoto que vê o mundo de forma diferente e vive com o avô em um lugar denominado Terra Mãe, onde o governo é autoritário, cruel e usa a morte para controlar a população. Podemos perceber uma semelhança com o governo de Hitler na Segunda Guerra Mundial, a brutalidade, a crença em uma raça pura, a repressão.
O livro é narrado em primeira pessoa por uma garoto de 15 anos disléxico, forte, com imaginação fértil e inteligente que sofre bulling na escola e que vê sua vida mudar quando conhece os vizinhos Sr. e Sra Luch, nutrindo uma grande e verdadeira amizade com o filho deles, Hector.
Com Hector, Standish vive aventuras e momentos especiais, ele encontra apoio, compreensão e não se senti sozinho, mas começamos a leitura sabendo que tanto o amigo quanto os pais foram levados pelos homens de casaco de couro.
O livro vai e volta nas memórias do garoto mostrando o passado e o presente, onde precisa proteger a si mesmo e ao avô que estão sob constante vigilância, sua vida na escola, suas tentativas de descobrir o que aconteceu com o melhor amigo e de expor uma grande mentira.
A população vive em meio a miséria, doenças, violência e medo constantes. Muitas pessoas desaparecem misteriosamente e nunca se sabe quando é seguro falar.
"Infelizmente, a senhorita Connoly desapareceu num buraco no meio do trimestre de outono. Sem explicações. Nunca dão explicações. Ninguém tem coragem de perguntar por quê. Simplesmente um dia ela estava ali e no dia seguinte desapareceu, sem deixar rastro para nos dizer para onde tinha ido. Veja bem, eu disse que a morte e o desaparecimento são a mesma coisa. Os dois são uma droga."
O livro é rápido, os capítulos são curtos e a diagramação está muito bem feita, com desenhos ao longo dos capítulos.
Em muitos momentos sentimos revolta, o livro é pesado, dramático, triste e os capítulos finais nos deixam com o coração na mão. Com certeza é uma boa leitura.
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