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Resenha: A Letra Escarlate ♥ Nathaniel Hawthorne

11 setembro 2017

Foto: Divulgação/A Letra Escarlate
tulo: A Letra Escarlate
Autor: Nathaniel Hawthorne
Editora: Penguim Companhia
Páginas: 336
Avaliação:★★

"Não pode haver ultraje contra a nossa natureza comum - quaisquer que sejam as delinquências do individuo -, não pode haver ultraje mais flagrante do que proibir o culpado de esconder o rosto. "


   O começo de A Letra Escarlate é intrigante. Encontramos nossa protagonista no dia do seu julgamento, Hester Prynne é acusada de adultério e a prova dessa traição é a criança que ela teve na prisão.
   Mesmo após dois anos sem notícias do marido, sem saber se ele está vivo ou não, ela é exposta em praça pública no mesmo palanque em que criminosos são julgados e mesmo humilhada não revela a identidade do amante, sofrendo sozinha as consequências desse erro.

   No julgamento vem a sentença, a bela jovem terá de carregar no peito a letra A de adultera bordada em todas as suas roupas pelo resto da vida.

  Outro fato interessante é que na multidão que acompanha a humilhação de Hester Prynne, está um homem que a olha atentamente e que mais tarde é chamado para cuidar da criança que está doente na prisão. Para nossa surpresa, o médico Roger Chillingworth é o marido desaparecido da nossa protagonista e além de dizer a mulher para não revelar sua identidade ainda jura descobrir o amante da mulher e se vingar.

   Hester decide permanecer no vilarejo, isolada em uma cabana ela dedica sua vida a dar o melhor para a filha Pearl, encontrando em seu talento com a costura a maneira de sustentar à si e a filha.

   A protagonista é forte, durante sete anos ela sofre constantes humilhações sendo alvo de atos maldosos e olhares de desprezo, mesmo doando grande parte do que ganha aos menos favorecidos.

   A filha de Hester, Pearl, é uma personagem única, de beleza peculiar a garota é forte e as cenas em que a garota está presente são intrigantes, as vezes chegava a pensar que ela tinha algo de sobrenatural.  Roger é um personagem abominável, tomado por vingança é muito fácil odiá-lo, assim como é fácil sentir uma tremenda compaixão de Hester.

   O livro pode parecer um pouco absurdo para muitas pessoas, mas devemos levar em consideração que o livro foi publicado em 1850, a Nova Inglaterra abominava o pecado e o autor foca no puritanismo descabido, religião opressora e ignorância.  Essas coisas fazem com que as pessoas não enxerguem a generosidade de Hester ou a tratem com generosidade e respeito. 

   O livro prende o leitor, ficamos intrigados para saber o que vai acontecer e como o livro irá terminar, ele é dramático e um pouco tenso. Em relação ao amante de Hester, descobri desde o início quem ele era, mas isso não atrapalhou minha experiência de leitura. 

   Acredito que algumas pessoas possam achar a leitura um pouco arrastada, em alguns momentos a leitura não fluiu como eu gostaria, achei o final um pouco fraco, esperava mais, mesmo assim, apesar de não ser um livro marcante, de uma forma geral foi uma leitura interessante.

"O amor, seja recém-nascido ou desperto de um sono profundo como a morte, sempre traz consigo o brilho do sol, pois enche os corações de luz até que transbordem no mundo exterior."

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