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Resenha: Tartarugas até lá embaixo ♥ John Green

27 abril 2018


Foto: Divulgação/Tartarugas até lá embaixo
tulo: Tartarugas até lá embaixo
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 256

"Imagina só como é realmente estar presa na própria cabeça, sem ter como sair, sem ter nem um minuto de descanso. Porque essa é a minha vida"

   O bilionário de Indiana, Russell Pickett, está desaparecido e quem encontrar pistas sobre ele receberá 100 mil dólares como recompensa. Por coincidência Aza Holmes conhece o filho dele, Davis, e sabe da existência de uma câmera de caça na floresta que provavelmente a polícia desconhece e que pode oferecer pistas para desvendar esse mistério.

   Ela e a melhor amiga, Daisy, pegam a canoa da mãe, atravessam o rio e conseguem imagens da câmera que mostram o bilionário fugindo, mas são pegas por um segurança e levadas ao atual dono da casa, Davis, que logo reconhece Aza, se lembrando até do refrigerante favorito dela e sendo muito atencioso.

   Não teria nada de tão extraordinário nessa história se Aza não fosse uma personagem inspiradora e se nessas páginas não tivéssemos a experiência do próprio autor que nos insere de forma espetacular às espirais de pensamento de Aza. Nossa protagonista tem Transtorno Obsessivo Compulsivo, TOC, doença que John Green também possui e através desse livro percebemos o quanto é angustiante não ter controle sobre a própria mente e se já é asfixiante ler os pensamentos da personagem, imagina viver algo parecido.

   O livro é uma lição de empatia, nos mostra como a doença afeta a vida da personagem, das pessoas ao seu redor e não só o relacionamento dela com as pessoas mas como ela enxerga a si mesma.

   Além de Aza temos Daisy, nerd, criadora de fanfics de star wars e de quem eu não gostei tanto assim no começo da história. Anelhor amiga de Aza parecia muito interesseira e em alguns momentos parece não compreender a amiga, mas com o desenrolar da história, percebemos o quanto Daisy se esforça nessa amizade e o que ela sente em relação à doença de Aza. 

   Temos também Davis, o compreensivo e fofo Davis que é super paciente com Aza e que apesar da dificuldade na qual se encontra, o desaparecimento do pai, a responsabilidade sobre o irmão mais novo, ainda consegue conversar com a protagonista e fazer bem à ela. Deveria ter mais Davis por ai, delicados, sensíveis e amante das estrelas.

   O incrível é que o livro aborda as perdas e como as pessoas lidam com isso de forma diferente, afinal tanto Aza quanto Davis perderam os pais, além de fazer uma crítica ao que o dinheiro pode fazer com as pessoas. E claro que não para por aí, o livro fala de amizade, de família e até de um réptil, digamos, peculiar.

   O livro tem frases incríveis e Aza é o tipo de personagem que você quer abraçar, para mim foi fácil me sentir no lugar dela, sofrer por ela e acredito que Jonh Green, através desse livro, irá não só ensinar algo para nós, mas também ajudar pessoas a não se sentirem tão sozinhas e anormais.

   Foi uma leitura que me ensinou muito, que foi rápida e que me deixou feliz, principalmente pelo autor abordar o tema de forma tão real e inspiradora.


" O verdadeiro terror não é ter medo, é não ter escolha senão sentí-lo"

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