Oi meus amores, hoje eu trouxe pra vocês uma entrevista muito especial, com uma autora brasileira que conquistou o meu coração. Se vocês acompanharam as últimas resenhas sabem que tive uma experiencia deliciosa com a escrita da autora Nina Spim e que ela aborda temas incríveis como depressão.
A Nina é uma fofa e eu amei entrevistá-la. Tenho certeza que se você não a conhece ainda, vai terminar essa entrevista querendo ler pelo menos um de seus contos.
Quando você começou a escrever e o que te inspirou?
Eu escrevo desde os onze anos, mas percebi que poderia seguir essa área a partir dos dezoito, quando comecei a publicar fanfics e a receber feedbacks positivos. De início, eu me inspirava muito na Meg Cabot, que foi uma autora muito importante para eu começar a encontrar a minha voz na literatura.
Você escreve sobre temas bem variados e que, geralmente, não vemos ser retratados na literatura, como a deficiência visual e depressão. O que te motivou a escrever sobre esses temas?
Caleidoscópio, que fala sobre a deficiência visual e Imersão, que fala sobre a depressão, foram escritos para o Brasil em Prosa/2015 e eu quis abordar assuntos diferentes para não cair na "mesmice", então, essa foi a motivação: me distanciar do óbvio.
Quais os temas que mais gosta de abordar?
Depende do que os personagens me apresentam. Confesso que não tenho muito controle sobre os assuntos que escrevo, eles vão aparecendo conforme a necessidade dos personagens e das histórias. Mas, ultimamente, tenho investido bastante na saúde mental, porque sei da importância que é dizer que é possível encontrar esperança, por mais difícil que seja e por mais solitário que você se sinta.
Nos seus contos há bastante diversidade, por isso é fácil se sentir representado, além disso, você passa bastante verdade com o que escreve. Essa realidade que você consegue transmitir para o leitor é consequência de experiências pessoais? Você pesquisa muito sobre os temas que vai abordar?
É meio impossível não escrever sobre algo que passei ou que conheci, porque essas experiências ajudam muito no processo, mas a pesquisa é sempre a maior parte da escrita. E eu bato muito nessa tecla: não existe livro sem pesquisa, porque a literatura não é mera imaginação. Se você quer passar verdade, precisa estudar sobre o que está escrevendo.
Você se inspira em algum autor ou em alguém para escrever seus contos? Qual seu autor favorito?
Não. Eu encontrei a minha voz na literatura com a ajuda de muitos escritores, mas hoje não me inspiro em ninguém. Hoje, minha autora favorita é a Virginia Woolf, mas não acredito que me inspire nela para escrever.
Os contos que mais me marcaram foram os que falaram de depressão. Como foi falar sobre isso? Como você se sente ao saber que esses contos fazem com que pessoas que passaram por isso (como eu) se sintam representadas e menos solitárias em sua dor?
Foi bem doloroso, porque é, também, expressar sobre algo que eu reconheci em mim mesma há algum tempo. Eu escrevo sobre o assunto justamente para surtir essa representatividade e para lembrar que existe esperança, apesar de parecer muito difícil. E que, claro, ninguém precisa carregar tudo isso dentro de si sozinho.
De onde vem os personagens? De alguma forma se relacionam com alguém que conhece?
Muito pouco. Sou mais de pinçar características breves e específicas de alguém, mas nunca escrevo 100% sobre pessoas que conheço ou conheci.
Enquanto está escrevendo, você partilha suas histórias com mais alguém? Pede conselhos?
Sim, com amigas que também escrevem e em quem confio.
Como é seu processo de escrita? Você prefere o silêncio ou uma música? Quanto tempo dedica a isso?
Eu sou a louca das músicas instrumentais, então, utilizo-as com muita frequência. Eu tento me dedicar por pelo menos meia hora por dia, mas confesso que nem sempre cumpro a meta.
Qual conto ou livro de sua autoria é seu favorito ou com qual você se identifica mais?
Eu tenho um apreço gigante por Sutilmente, porque é uma história que me trouxe muitas alegrias e que eu tive que me empenhar mais para encontrar o tom adequado.
Como você se mantém inspirada e o que faz quando passa por um bloqueio criativo?
Eu faço caminhadas e medito. Geralmente, essas coisas "limpam" a minha mente e me fazem pensar melhor, com mais foco.
Espero do fundo do coração que tenham gostado da entrevista. Se quiserem ver a resenha dos contos da Nina é só acessar os links abaixo.
Eu nunca li um livro da nina mas amei essa entrevista é saber que ela começou a escrever tão novinha.Eu também faço caminhadas para ter inspiração para fotografar. Amei amei
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